terça-feira, julho 17, 2007

Escrever




Escrever é um exercício curioso. A caneta e o papel ou o teclado e a folha de Word, virgens…
Escrever é tão mais duro quanto ocupado estiver. O vazio de ideias liberta o pensamento e faz fluir a tinta.
Escrever liberta de todo. Quando registo a mais estúpida das ideias sei que não foi em vão, sinto ardente orgulho por saber que aquela interpretação que me ocupou naquele dado momento não foi vã. Quantas ideias magníficas, quantos poemas, quantas declamações morreram mesmo antes de nascer, por não terem sido escritas?
Escrever absolve. Quando indico à tinta que trilhos percorrer sinto-me curado da angústia que transporto, sei que vai durar pouco tempo, sei que a cura me vicia mas satisfaz-me ver a folha tatuada.
Escrever dá-me prazer. É como uma criação divina ver um poema ou um mero texto bem construído assinado por mim. É assim que me estimulo, é assim que escravizo a minha solidão, é assim que resgato o meu orgulho.

2 comentários:

Sónia Vaz Martins disse...

Escrever é mais uma parte do viver :)
*

éf disse...

E tens muita razão.
Lê o que digo sobre o escrever, aqui no "desígnio" do livreco que publiquei (este está em pdf): http://fcastelo.net/musca/Claustro%20Fobias.pdf
Não procuro leitores para os meus blogues (até porque versam, essencialmente, sobre o meu umbigo) mas se te servir de algo, aqui fica o das prosas: http://claustrofobias.blogspot.com/

retribuindo a visita ao poemas em azeite
;)