segunda-feira, junho 13, 2005

Comunicado

Estava eu aqui "a fazer" (expressão adicionada à Língua Portuguesa por mim e pelo "O Grupo" que expressa aqueles momentos em que se está a olhar em redor sem se fazer na realidade nada, não é olhar para ver, é observar naquela base de tentar descobrir algo agradável de se realizar) quando me lembrei de vos incentivar (ao meu vasto auditório de quase 3 pessoas) a participar e expor uns comentários à minha (e portanto vossa) Verdade. Grato

É que isto de escrever até é giro, mas a ideia de eu ter um diário assusta-me. E tal… é mesmo, um bocadinho, não muito que eu não sou pessoa de ter grandes fobias… não… só um pouco… um bochecho (agradeço a expressão ao SpArkS)… voltem sempre, eu vou publicando umas coisas…

Fiel ou infiel

O que é afinal a fidelidade (e o seu inverso)?
É ultrapassado o limite aquando um contacto sexual fortuito ou somente quando nasce uma relação paralela, no momento em que existe um segundo compromisso (mesmo que não assumido)?
O conceito de fidelidade é, no meu entender, definido pela noção de cada qual, logo difere entre sujeitos. Para muitos uma relação é posta em causa logo que é quebrado o elo de confiança que está subjacente a qualquer compromisso, para outros tantos um dos conjugues (amigos, sócios, etc.) é traído logo a partir do momento em que o “outro” deseja um terceiro elemento, talvez para um minoria traição só o seja quando é efectivamente consumada.
Creio que infidelidade só existe quando há um acordo sério, quando consentimos à outra parte que tenha sentimento de posse, quando existe lugar ao ciúme, quando há sintonia acerca dos limites, quando tudo isto é quebrado.

Férias

“Férias são férias”
Tempo de “não” trabalho, férias só o são quando não existem horários, quando há a liberdade de poder “não fazer”, quando há momentos de tédio, quando se pode ler um livro num dia, quando se pode levantar à uma da tarde, quando há uma praia à nossa espera, um sol quente, um mar refrescante.
Férias só o são na hora do descanso, à hora em que o clima corresponde ao nosso estado de espírito, no momento em que aquela nuvem se assemelha à face que força e assalta a mente.
Férias são os dois minutos entre compromissos, são a hora e meia do almoço, o bocejar cinco minutos após entrar no carrossel do dia.
Férias são quando ao tempo é permitido que o seja, resta aceitar e usufruir.

sexta-feira, junho 03, 2005

Ciúme

É ambíguo. Por um lado gosta-se que o(a) conjugue (e se não for ainda mais piada tem) o sinta, pois é a prova que realmente se preocupa, que deseja e naturalmente não quer partilhar, na outra face da moeda está o ciúme que é possessão, o(a) outro(a) pensa que é “dono(a)” de um artefacto exclusivo que está ali na prateleira, dele(a).
Ciúme é algo de incontrolável que pode levar a comportamentos menos próprios; anda de mão dada com a inveja e por vezes tocam-se.
O povo diz que ciúme em pouca dose é saudável, mas… como é que pode ser medido? aliás como é que poderia ser doseado até essa marca?

Ter ciúmes é natural e incontrolável, surge quando menos se espera assim como o aliciar do outro à nossa fonte de desejo, é componente da relação, existe e anda por aí.

Música

O que é isso que nos faz reagir? Música é o combinar de sons que nos atinge de uma qualquer maneira, de forma diferente entre indivíduos, quer pelo teor da letra, de um acontecimento na sua presença ou simplesmente porque soa bem.
Música é a negação ao silêncio, é a estimulação de um dos cinco sentidos e que objectivamente proporciona prazer, se assim não for não é música, restringe-se ao barulho. São sons ordenados que nos tocam, cordas (etc.) que vibram e nos fazem vibrar.

O bater de chapas, os carros a passar, o som de pingos a cair numa poça podem e são música quando descobertos no momento correcto, num momento em que o vazio poderia dar espaço ao desespero eis que a Natureza surge e fala, numa qualquer língua, e somos atingidos pela música que nos faz sentir.

Árvore

Já pensaram o que é ser árvore?
Essa coisa, geralmente de folha verde é o porquê de podermos viver, é quem dá o O2, o Homem faz delas papel, tiramos a resina, faz-se chá, comemos os frutos, dão o que se mistura com a vodka, enfim são algo de bom.
Um gajo desvaloriza a árvore, ela está “ali”, não diz nada, nem ladra; “não se mexe”, os cães (e não só) mijam-lhe em cima, os putos aparecem e fazem uma casa n’árvore…
Já imaginaram se elas um dia se revoltassem, assim estilo Lord of the Ring, das raízes faziam pés, dos ninhos de pica-pau boca e andavam por aí… acredito que a primeira coisa que uma árvore fazia era mijar-nos em cima… já agora, como é que uma árvore se liberta?!
Diz uma árvore para a outra: “Epá ‘tou aqui com uns gases…”
Sigam a minha linha de pensamento, todos os seres vivos têm gases, as árvores não têm rabo, então libertam-no pelas folhas, portanto um gajo quando está no “arzinho do campo” está na realidade a cheirar a “rabo” de árvore. E dizem que faz bem…

Pergunta do dia:

"XPTO"

Tipo.. esta merda quer dizer o quê, man?!